por Nicollas Conti*
Chove chuva!
Chuva chove!
Ouça bem a minha morte!
Veja só
Que linda é
A flor sobre meu caixão.
Morta eu?
Viva estou!
Apodrecendo, carniça errante.
Sorriso belo
Riso sincero
Essa sou eu em paralelo
Noite se vai
E não me tira
O fato de ser podre, cega, surda e não sentir os vermes em mim.
Mas que linda luz do dia!
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*Nicollas Conti é rico, bem-sucedido, feliz e acima de tudo, mentiroso. Mas acha que essa é a principal característica de um poeta. Ensina desenvolvimento pessoal para as pessoas, e é quem mais aprende com isso. Tem uma insaciável curiosidade acerca do universo, tanto o de fora quanto o de dentro. Gosta de filhotes de morcego e açaí na tigela. Nicollas escreve toda segunda-feira.